A Inclusão Digital e a EaD
Introdução
Ao falarmos de Inclusão Digital, devemos, primeiramente, fazer uma
contextualização, mostrar onde ela está encaixada, em qual
ambiente e, por consequência, quem são os agentes envolvidos no
processo.
Excluídos – Quem são e onde estão?
Indivíduos considerados excluídos, por quaisquer razões que se
possa pensar, existem em todo o mundo: pobres e miseráveis estão
excluídos do acesso a lugares mais “elitizados”, por razões que
envolvem aparência, renda, classe social, ou até mesmo por racismo;
pessoas idosas, mesmo que tenham renda suficiente para aquisição de
equipamento e serviço de banda larga, podem fazer parte dos
excluídos digitais, por lhes faltar o chamado letramento digital,
além de um pouco de desinteresse pessoal em obter informações
importantes e necessárias; pessoas não alfabetizadas, por falta de
interesse, idade – se achando velhos demais para aprender algo que
lhes foi negado na infância ou pré-adolescência – ou quaisquer
outros motivos, acabam por se auto-excluir da sociedade, deixando de
utilizar correios, internet e todas as outras formas de comunicação
com o mundo em que vivem, submetendo-se a trabalho que lhes rende
baixo salário, ou a uma aposentadoria miserável.
Inclusão digital – Um subconjunto
Um dos muitos e variados conceitos de inclusão digital, o constante
da Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_digital,
endereço consultado em 28/01/2012), diz que é a “é o nome dado
ao processo de democratização do acesso às tecnologias
da Informação, de forma a permitir a inserção de todos na
sociedade
da informação. ”.
Porém, democratizar o acesso às tecnologias demanda que as pessoas
tenham condições de adquirir os equipamentos e serviços
necessários, além de saber operacionalizá-los, o que passa,
obviamente pelas vias da inclusão social e da melhoria da
qualidade da educação.
Baseado em tudo o que foi colocado até aqui, é possível afirmar
que inclusão digital é um subconjunto da inclusão social que,
também por sua vez, é um subconjunto da estrutura educacional do
país. Tentar pensar uma sem incluir as outras seria o mesmo que
imaginar a Revolução Industrial sem a máquina a vapor e a
eletricidade.
Ações governamentais
O Governo Federal Brasileiro organiza e normatiza várias ações e
programas que objetivam aumentar os índices da inclusão digital no
país. Dentre eles, podemos citar:
- Telecentros Banco do Brasil (http://www.redetelecentro.com.br);
- Computador Portátil para Professores (http://www.computadorparaprofessores.gov.br);
- PROUCA – Programa Um Computador por Aluno (http://www.fnde.gov.br/index.php/laptops-educacionais);
- Cultura Digital (http://www.cultura.gov.br/culturaviva);
- Programa Estação Digital (http://www.fbb.org.br/acoes-programas/educacao/inclusao-digital).
Podem ser consultados também o site de Inclusão Digital do Governo
Federal (http://www.inclusaodigital.gov.br),
onde as informações acima, além de muitas outras, foram obtidas, e
o site do Governo Eletrônico – gov.br
(http://www.governoeletronico.gov.br),
onde podemos acessar dados e informações oficiais sobre banda
larga, acessibilidade, inclusão digital, software livre, dentre
outras.
Na parte de legislação, as principais são a Lei nº 11.196, de 21
de novembro de 2005, que institui no Brasil o Programa de Inclusão
Digital do Governo Federal, e o Decreto
nº 5.602, de 06 de dezembro de 2005, que o regulamenta.
Papel do cidadão
Participar dos processos, desenvolvendo os ideais primordiais dos
programas de inclusão social e digital, tanto governamentais quanto
aqueles encabeçados pela iniciativa privada, além de incentivar que
cada vez mais membros da comunidade se engajem, faz parte do papel do
cidadão para que os objetivos de tais projetos e programas sejam
atingidos, contribuindo para que as diferenças sociais sejam
reduzidas.
Mas, para que o potencial multiplicador dos cidadãos seja utilizado
na maior plenitude possível, é necessário um preparo, uma busca
pelo conhecimento, pelas informações necessárias. E é neste ponto
que se encaixa o valor inestimável do ensino a distância. Para
aqueles que, como eu, não tem condições de se deslocar para
participar de cursos tradicionais, totalmente presenciais, em função
do tempo de deslocamento e da necessidade de cuidar dos filhos, esta
modalidade de ensino “cai como uma luva” para que possamos estar
preparados para ensinar outras pessoas e, assim, contribuir para a
redução das diferenças sociais, e levar o conhecimento a um número
cada vez maior de indivíduos.
Conclusão
Inclusão social e digital, em conjunto com o desenvolvimento da
educação, são tópicos que precisam ser trabalhados conjuntamente,
como capítulos de um mesmo livro que são escritos simultaneamente,
caso contrário nenhum deles será devidamente desenvolvido e
compreendido.
E o ensino a distância permite que se trabalhe inclusão digital,
ao utilizar o computador como instrumento de desenvolvimento do
ensino; a inclusão social, ao preparar profissionais para o mercado
que, de outra forma, talvez desistissem da formação da maneira
tradicional; e a educação, porque, mais que formar professores,
forma multiplicadores que levarão mais longe o poder do
conhecimento.
Referências
Inclusão Digital. Disponivel em:
<http://www.fbb.org.br/acoes-programas/educacao/inclusao-digital/>.
Acesso em 30 jan. 2012.
Inclusão Digital. Disponivel em:
<http://www.inclusaodigital.gov.br/>.
Acesso em 30 jan. 2012.